Foto: BHAirport/Divilgação |
Segundo Marcos Brandão, diretor-presidente da BH Airport, assim como a Zona Franca de Manaus foi uma iniciativa inovadora na década de 60, o Aeroporto Industrial é um projeto pioneiro em Minas que refletirá, principalmente, na consolidação de um ecossistema de desenvolvimento e atração de empresas para toda a região do Vetor Norte e Metropolitana de Belo Horizonte. “Temos potencial para receber investimentos privados da ordem de R$ 3,5 bilhões nos próximos anos, considerando a soma dos investimentos de cada uma das empresas que aqui se instalarem. Estamos em uma região estratégica, com localização geográfica privilegiada, que favorece a consolidação de um hub de negócios na região”, avalia.
O que é o Aeroporto Industrial
O Aeroporto Industrial é destinado, principalmente, à instalação de empresas que tenham como foco principal a exportação de produtos manufaturados, utilizando matérias-primas importadas em seu processo produtivo. Ao manufaturar seus produtos dentro do Aeroporto Industrial, as empresas terão os benefícios das isenções fiscais quando exportarem seus produtos acabados. Além disso, terão a facilidade de importar matérias-primas e exportar sua produção utilizando o modal aéreo para acessar mercados internacionais e nacionais de forma rápida, eliminando o custo e o risco com o transporte rodoviário em seus processos logísticos.
Clamper: a primeira empresa a se instalar no Aeroporto Industrial
A Clamper é a primeira empresa que irá operar no Aeroporto Industrial. Fundada em 1991, oferece ao mercado soluções para proteção de equipamentos eletroeletrônicos contra danos causados por raios e surtos elétricos. A companhia já iniciou o processo de transferência de suas instalações de Lagoa Santa para o Aeroporto Industrial. A previsão é iniciar as operações em julho.
Para Ailton Ricaldoni Lobo, fundador da companhia e presidente do Conselho de Administração da Clamper, é uma alegria ver um sonho ser realizado. “Estamos honrados de ser a primeira empresa a se instalar no Aeroporto Industrial. A Clamper sempre teve interesse em participar do projeto, desde que ele começou a ser pensando, há dez anos. A liderança do Marcos Brandão fez toda a diferença para que pudéssemos estar aqui hoje. Houve uma mudança de postura para transformar o Aeroporto Industrial em um projeto inovador e tirá-lo do papel. Com isso, passamos a acreditar que tudo isso aconteceria”, ressalta.
Ele explica que a proposta prevista para o Aeroporto Industrial evoluiu muito e é exatamente o que ele buscava no mercado. “Agora, temos à disposição uma prestação de serviços e soluções logísticas de acordo com a nossa necessidade, é algo diferenciado. Sabíamos que o nosso produto tinha aderência para estar nesse ambiente e não tenho dúvidas que é um casamento com futuro promissor.”
Ganhos em logística e mais segurança
Para que o Aeroporto Industrial se transformasse em realidade foi preciso cumprir uma série de exigências. Entre elas, a obtenção de certificado da Receita Federal, que credencia a operação. Com a homologação do sistema de gestão do processo alfandegário junto à Receita, se tornou possível garantir a conexão das empresas que forem atuar no aeroporto com o órgão, o que traz ganhos em logística e mais segurança.
Orlando Soares dos Santos, superintendente-adjunto da Receita Federal, ressalta a relevância do Aeroporto Industrial. “É um feito que a administração aeroportuária, a Receita Federal e a comunidade de comércio exterior de Minas Gerais perseguem desde os anos 2000. E isso acontece graças a uma visão ecossistêmica da Receita Federal, em parceria com as demais autoridades aeroportuárias, com a administração do aeródromo e com a participação efetiva do governo do Estado de Minas Gerais, em que criamos um ambiente e condições para melhorar a competitividade dos nossos operadores no comércio exterior e para a melhoria do ambiente de negócios”, avalia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.